Arqueólogos descobrem evidências relacionadas a Josias, o último rei de Judá

  • 13/03/2025
Arqueólogos descobrem evidências relacionadas a Josias, o último rei de Judá
Arqueólogos descobrem evidências relacionadas a Josias, o último rei de Judá (Foto: Reprodução)

Arqueólogos revelaram a descoberta de evidências relacionadas à história bíblica da morte de Josias, o último grande rei de Judá, que foi morto pelo faraó egípcio Neco II.

De acordo com historiadores, o evento ocorreu em 609 a.C., na cidade de Megido, no norte de Israel, conhecida em grego como Armagedom.

O professor Israel Finkelstein, da Universidade de Haifa – antigo chefe da escavação de Megido – e o Dr. Assaf Kleiman, da Universidade Ben-Gurion, compartilharam suas descobertas nos meses de janeiro e fevereiro, publicadas no “Scandinavian Journal of the Old Testament”.

A maior parte da cidade foi pesquisada na década de 1920, mas escavações foram realizadas no canto noroeste ainda inexplorado do local, entre 2016 e 2022.

Segundo o relatório, um edifício recém-escavado em Tel Megiddo – sítio arqueológico localizado no norte de Israel, na região do Vale de Jezreel – revelou cinco salas contendo grandes quantidades de cerâmica egípcia e grega de baixa qualidade.

A condição dos objetos levou os pesquisadores a concluírem que esses itens eram lixo deixado pelas forças egípcias de Neco, possivelmente acompanhadas por mercenários gregos.

Cerâmica autêntica

Estudos petrográficos confirmaram que a cerâmica proveniente do Vale do Nilo ou do Delta não era imitação produzida localmente, mas sim autêntica, evidenciando a origem egípcia dos artefatos.

"Isso não é porcelana decorada de luxo, por isso é muito difícil argumentar que alguém em Megido, um deportado ou um israelita sobrevivente, de repente tenha desenvolvido um gosto por cerâmica egípcia de baixa qualidade e decidido importá-la para sua casa", disse Assaf Kleiman, copesquisador da Universidade de Haifa.

A análise dos artefatos indicou que o edifício foi erguido por volta de meados do século VII a.C., levando os pesquisadores a concluírem que a cerâmica foi trazida a Megido pelo exército de Neco e posteriormente abandonada.

Embora não haja evidências diretas da batalha entre Neco e Josias, os achados sugerem uma significativa presença militar egípcia na época em que a batalha bíblica teria ocorrido.

Morte de Josias

Neco II foi um rei da 26ª Dinastia do Egito (610–595 a.C.) e é provavelmente o faraó Neco mencionado na Bíblia em 2 Reis, 2 Crônicas e Jeremias. De acordo com 2 Reis 23, ele enfrentou o rei da Judeia, Josias, o 16º rei de Judá (640–609 a.C.), e o matou.

Após a morte de Josias, os judeus escolheram Jeoacaz para suceder seu pai, mas Neco trouxe Jeoacaz de volta ao Egito como prisioneiro, onde o rei de Judá passou o restante de seus dias (2 Reis 23:31-34; 2 Crônicas 36:1–4).

Neco estava a caminho para auxiliar os assírios no norte do Levante, e seu exército marchava por Judá. Josias e seu exército encontraram os egípcios em uma passagem de montanha próxima, onde os dois exércitos se enfrentaram em Megido.

Josias implementou grandes reformas religiosas, erradicando a adoração oficial a deuses que não fossem o Deus de Israel e ordenando a restauração do Templo. Sua morte nas mãos de Neco está relacionada à queda de Jerusalém em 586 a.C., 25 anos após seu falecimento, um evento que marcou o início do Exílio Babilônico.

Josias é conhecido exclusivamente por textos bíblicos; não existem referências a ele em outros documentos sobreviventes do período do Egito ou da Babilônia, e nenhuma evidência arqueológica clara foi encontrada.

No entanto, em 2019, foi descoberto na Cidade de Davi um selo de argila do período do Primeiro Templo com a inscrição “Natan-Melech, servo do rei”. Natan-Melech é mencionado no livro de 2 Reis como um servo do Rei Josias.

 

FONTE: http://guiame.com.br/gospel/israel/arqueologos-descobrem-evidencias-relacionadas-josias-o-ultimo-rei-de-juda.html


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